O Vale das Bonecas - Jacqueline Susann

O VALE DAS BONECAS
Você terá que escalar o Monte Everest
para alcançar o Vale das Bonecas.
A escalada é brutal
e poucas pessoas viram esse pico.
Você jamais soube o que exatamente encontraria lá,
mas a última coisa que esperaria
era o Vale das Bonecas.
Você fica ali parado,
esperando pela felicidade
que esperava sentir —
mas ela não vem.
Você está muito longe para ouvir os aplausos
e para agradecê-los.
E não há mais para onde subir.
Você está sozinho e esse sentimento
é mais forte que tudo.
O ar é tão rarefeito que fica quase impossível respirar.
Você conseguiu e o mundo o chama de herói.
Foi mais divertido, porém, no começo da escalada,
quando havia apenas a esperança e o sonho de realizá-la.
Tudo o que você podia ver então era o cume da montanha,
ninguém que o informasse sobre o
Vale das Bonecas.
Quando você alcança o píncaro tudo é diferente.
A jornada o deixou arrasado, surdo, cego e cansado demais
para que possa apreciar a vitória.
Anne Welles nunca pretendeu fazer a escalada.
Ainda assim, deu o primeiro passo no dia em que olhou à
sua volta e disse:
— Não, isso não me basta. Quero alguma coisa mais. — Quando encontrou Lyon Burke era muito tarde para voltar atrás.

ANNE

Publicado originalmente em 1966, O VALE DAS BONECAS, de Jacqueline Susan, é um clássico da literatura americana. Com ingredientes explosivos para a época: muito sexo e drogas, o livro ajudou a retratar um outro lado da nova mulher dos anos 60 e consagrou-se como um grande clássico da cultura pop. A história de três mulheres glamourosas - e completamente viciadas em pílulas - em seu caminho árduo rumo à fama e à fortuna tornou-se um grande sucesso de vendas.
Anne, Neely e Jennifer têm um sonho em comum: o sucesso no showbiz. As três se conhecem em Nova York e se tornam amigas. Circulando pelos bastidores nem sempre glamourosos do mundo dos espetáculos, elas compartilham os mesmos objetivos, decepções e um apetite voraz por pílulas estimulantes, que ingerem com fartas doses de uísque.
É um livro forte e marcante. E que foge a regra da maioria dos livros de romance, já que o final não poderia ser classificado como um dos mais felizes.
Percebo que essa é uma marca registrada da escritora que sempre coloca muito mais da realidade nos seus livros do que muitos autores. Ela mostra que os livros não precisam ter um final feliz. nem mesmo precisam ter um fim, mesmo não tendo uma continuação... (será que vocês me entendem???)
O negócio é o seguinte: o livro é bom. Muito bom mesmo. E não tem como negar uma certa frustação ao fim do livro. Mas ele te cativa de um jeito tão impressionante que sempre existirá a vontade de ler de novo, e de novo...

Então, Boa Leitura!

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